As línguas e o conforto ao usá-las

Muy bien... opa, espanhol não estava nos planos para escrever aqui. Pode soar estranho, mas, apesar de entender bem o espanhol, nunca escrevi ou falei nessa língua. Entendo por ter nascido na fronteira. Praticamente nunca precisei usar porque sempre nos comunicamos, brasileiros e uruguaios, em nossas próprias línguas, sem prejuízo no entendimento.

Porém, percebi que isso é uma característica da fronteira. Em uma viagem a Colonia del Sacramento, interior do Uruguai, ao tentar obter informações sobre determinado local de visitação turística, foi quase impossível me fazer entender, tanto em espanhol como em português (!). Resultado: nenhum conforto usando o espanhol.

O inglês entrou na minha vida desde cedo, estudando em escolas específicas. Também nunca me considerei fluente em inglês. Até que decidi ir para a Escócia, onde minha irmã já estava. Ao chegar, não entendia nada, mas com o tempo as coisas foram se encaixando. Hoje me sinto bastante confortável ao usar o inglês, tanto que é uma das minhas opções neste blog.

O português, bem, o português, como língua nativa, sempre foi de grande interesse para mim. Gostava de estudar português e entender particularidades da língua. O que me proporcionou segurança para assumir uma vida profissional como revisora. É a opção natural para falar e escrever.

E o que isso tudo tem a ver com o projeto? Muito. As três línguas estarão presentes. Ao participar deste projeto, tenho uma grande curiosidade em acompanhar a forma como os participantes vão se comunicar. Eu entendo as três, mas a maioria dos participantes não tem o conhecimento em pelo menos uma das línguas. Que elementos serão usados? Gestos, sons, objetos? O que será mais confortável para cada um? É o que estarei observando nas próximas semanas.


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